Por redação TN
A Escola de Capoeira Art Bahia, do quilombo distrital de Helvécia, no município de Nova Viçosa, realizou no último sábado, 27 de abril, mais um aulão de capoeira. O evento, que aconteceu no Espaço Cultural, em Nova Viçosa, teve início às 17h e durou até às 22h, reunindo alunos dos distritos de Argolo, Posto da Mata e da própria comunidade de Helvécia.
Participaram ainda todos os professores da escola, comandados pelo educador físico e mestre de capoeira Reginaldo Cecílio, o “Mestre Regi”. O convidado especial foi o mestre Saruê, da Associação Cultural Capoeira Malícia, do município de Caravelas, que finalizou o evento com uma apresentação numa roda de capoeira.
O aulão é realizado ao final de cada mês, como um expediente do projeto Art em Ação, e objetiva integrar os núcleos de capoeira da sede e dos distritos, num trabalho que é feito, principalmente, através do acompanhamento do desempenho escolar de cada aluno.
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Alunos atentos mensagem de Rubens Floriano, da Fundação Mamãe África |
Para o evento o “Mestre Regi” convidou a Coordenadora do Ponto de CulturaAshonovi – Troca de Saberes, de Nova Viçosa, professora Corina, e o jornalista e vice-presidente da Fundação Mamãe África de Caravelas, Rubens Floriano, que fizeram explanações sobre a realidade da cultura e o compromisso, tanto dos integrantes de grupos como das instituições governamentais de modo geral.
“É necessário que criemos alternativas, para que a Capoeira seja autossuficiente. Criar produtos que possam gerar retorno financeiro, que possam financiar as atividades sem ter que necessariamente pedir apoio ou patrocínios” disse a professora Corina. Já Rubens Floriano destacou que “a criança deve ir além daquilo que lhe é apresentado em sala de aula, ao invés de jogos no computador, pesquisar na internet os diversos assuntos estudados, desenvolver o senso crítico. E ao jovem negro, entender que deve lutar para ocupar o espaço social que é seu por direito”, disse.
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Mestre Saruê em apresentação da dança do Maculelê |
O projeto Art em Ação, desenvolvido pela Escola de Capoeira Art Bahia, é patrocinado pelas empresas Fíbria e Votorantim, com orçamento para contemplar 150 alunos, mas a escola ampliou esse número, que já passa de 300 acolhidos pelo projeto. “Eu prefiro trabalhar com um pouco de dificuldade, mas dar oportunidade a um maior número de alunos, pois nossa meta é antes de formarmos bons capoeiristas, formamos bons cidadãos”, disse o Mestre Regi.
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